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Independência da Política Nacional e suas condições - 1951

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⁣Independência da Política Nacional - suas condições



António de Oliveira
Salazar - 22 de Novembro de 1951



Minhas Senhoras e Meus Senhores:



I



Entro no discurso com perfeita consciência de não poder superar-lhe as dificuldades. A comemoração do quarto de século do regime acorda um mundo de pro­blemas, esforços e realizações, à vista nas suas resultantes gerais, mas naturalmente embrechadas de deficiências e atrasos, desvios e erros, que em todo o caso lhes não diminuem a grandeza nem o mérito. Simultaneamente, o Congresso da União Nacional propõe-se fazer o exame crítico da obra administrativa e dos princípios em que assentou a política nacional nesse mesmo período, para formular um juízo de conjunto. Não devendo antecipar-me às apreciações do Congresso, parece que a posição mais conveniente no momento seria de ouvir, não de falar, tanto mais que, obreiro com posição especial entre os mais obreiros da Revolução, me cabe grande parte das responsabilidades que os povos não deixam de exigir mesmo aos que os servem, mesmo aos que os salvam.



Por outro lado, devo ter hoje o ar embaraçado do que, depois de longa ausência, volta à terra, à casa, ao lar, e busca, entre coisas e gentes que já não conhece, o seu mundo de ideias e sentimentos familiares. Com efeito, regresso. Regresso a Coimbra, depois de vinte e tantos anos de ausência, e, se atento à vertiginosa velocidade dos acontecimentos, poderia dizer que regresso de muito mais longe ainda no tempo.



Sucederam em poucos anos factos cuja génese e desenvolvimento costumam demandar séculos. Vivemos crises — financeiras, económicas, políticas — e sofremos guerras — civis, internacionais, intercontinentais, talvez as mais sangrentas e bárbaras de toda
a história humana. Modificou-se a estrutura dos continentes: a Europa cindiu-se, diminuiu-se, enfraqueceu-se; as Américas enriqueceram, fortaleceram-se, aumentaram de coesão; a Ásia insurgiu-se contra o primado civilizador do Ocidente e procura consolidar a independência alcançada, sob a direcção de algum dos seus povos: o Japão? A China? A Índia? A própria Rússia? A África agita-se desde o Suez ao Atlas, desde o Mediterrâ neo ao Cabo da Boa Esperança - ao norte, para liquidar, sem saber como, as situações herdadas do passado; por toda ela, sob os ventos revoltos que sopram com a ousada pretensão de acordá-la de um sono secular. Destas subversões, na maior parte catastróficas, resultou ruírem tronos, desaparecerem impérios, afundarem-se nacionalidades, surgirem novos Estados, alterarem-se as posições de força e sentir-se a necessidade de buscar novo equilíbrio em combinações diferentes.



Fizeram-se nos campos
político e económico as experiências mais ousadas, umas com sequência,
abortadas outras em grandes insucessos. Viram-se governos totalitários
defendidos pela razão e a vontade do povo, e viu-se chamarem-se populares
governos de clara origem e essência minoritária. Presenciou-se em plena acção o
socialismo das nacionalizações e dos racionamentos, enquanto o comunismo
alastrava por vastas zonas do mundo. Assistiu-se à morte do liberalismo
económico e viram-se os regimes democráticos tenteando o caminho, perante a
necessidade de disciplinas drásticas impostas pelos novos tempos. Presenciou-se
um novo surto de suspeito humanitarismo contra a posse dos territórios
coloniais, ao mesmo tempo que o estabelecimento, em vasta escala, de regimes de
submissão e colonização sobre nações civilizadas e livres. Verificaram-se
migrações forçadas de povos, maiores que as dos tempos bárbaros, trocas de
populações, massacres em massa para solução de pretensas dificuldades
políticas. Foi chamada a inteligência a legitimar as quebras da moral, bem como
os colapsos da legalidade e da justiça; criminosos arvoraram-se em juízes e
condenaram as pessoas de bem.



São tempos
apocalípticos os nossos, época de regressão ou de transição violenta em que se
abalam os alicerces antigos antes do estarem abertos ou consolidados aqueles em
que se supõe dever assentar a cidade nova. De tão grandes convulsões sentem-se
repercutir os efeitos tanto nas grandes massas como no escol social. A
consciência da insegurança do que há mais caro ou mais necessário na vida —
ideias e afectos, sociabilidade e ordem, instituições e bens — criou nos
espíritos um estado de insatisfação, de angústia, de ansiedade. É uma doença
geral que paralisaria mesmo a vida e o trabalho, se não fosse o instinto de
viver e a necessidade do trabalho para levar a vida. Nada de estranhar que por
quase toda a parte os homens pareçam inferiores aos acontecimentos e que, em
vez de enfrentá-los, se sintam tentados a confessar, vencidos, esmagados por
eles, a sua incapacidade de os dirigir.



E tudo em vinte anos:
que poder de destruição e de anarquia o destas forças incontroladas!



Ora bem. Nos mesmos
vinte anos, neste canto da Península, no largo Atlântico e nos três continentes
por onde se estende, Portugal, sem deixar de sentir a ressaca dos temporais,
pôde em paz reparar estragos passados, vencer atrasos, consolidar posições,
estreitar a solidariedade colectiva, progredir materialmente sem alterar, antes
vincando ainda mais, a sua fácies moral. Porquê?



Situados no plano
puramente humano e das causas que a nossa inteligência pode apreender, podemos
concluir que são duas as razões: a primeira, puramente negativa, não estarmos
por felicidade situados nas fronteiras dos choques ideológicos ou das maiores
ambições políticas do nosso tempo; a segunda, de que reivindicamos o mérito, é
havermos revelado a tempo as nossas grandes certezas e, no mais, termo-nos colocado
ousadamente entre o passado e o futuro, no cruzamento das linhas de força que
convulsionam ou conduzem as sociedades modernas. A primeira razão é de si
evidente; esta última precisa de uma palavra de explicação.



No conjunto dos
sucessos a que assistimos, há destruições sem conto e também esboços de novas
construções; há acidentes de tempo e de lugar e também fenómenos com tendência
a uma expressão duradoira nas sociedades humanas; há concepções ultrapassadas
da vida e também o romper de amarras indispensáveis da disciplina social; há
ainda, finalmente, embora obscurecido pelo fumo das paixões e pela atrocidade
das lutas, o homem, na constância da sua natureza, tal como o conhecemos ou
adivinhamos desde o alvor dos tempos. Então o problema está em não se deixar
perturbar pela avalancha dos acontecimentos indecisos ou contraditórios e em
descobrir nuns casos e escolher noutros as linhas mestras da melhor construção
futura.



Já em 1936 tinha podido
proclamar em Braga as bases primárias do novo humanismo português: «Não
discutimos Deus e a virtude; não discutimos a Pátria e a sua História; não
discutimos a autoridade e o seu prestígio; não discutimos a família e a sua
moral; não discutimos a glória do trabalho e o seu dever.» E sobre estas
afirmações, ou, melhor, sobre estas certezas da consciência nacional, se pôde
erguer, com lógica e quase sem esforço, todo um edifício político, uma
concepção de vida e uma ordem moral.



Agora exemplos de
escolha. Entre a fidelidade americana ao espírito nacional solidário naquele
continente, o despertar dos nacionalismos asiáticos e a demissão quase
colectiva das nações europeias, onde a verdadeira e mais sólida base de
organização das sociedades humanas? Entre a degradação a que se tem condenado o
Poder nos regimes contemporâneos e a tirania anti-humana a que se entregam os
Estados comunistas, onde o equilíbrio, as exigências da governação e a saúde
social? Entre a colectivização dos bens, factor de empobrecimento geral, e a
propriedade privada, mesmo quando arriscada a converter-se em factor de
exploração económica, onde a solução razoável sob o aspecto da produção e da
justiça? Entre a estagnação da sociedade e as quimeras de ideólogos, frutos de
imaginações doentias, onde encontrar o meio termo e, na ordem dos factos, a
realização possível?



Para não estar sujeito
aos altos e baixos dos acontecimentos mundiais, para não andar à deriva ou ao
sabor das imitações e das modas em negócio tão sério como é a vida da Nação,
teve de descobrir-se e rasgar-se o caminho a seguir e mergulhar na riqueza de
muitas das nossas instituições para extrair da boa tradição portuguesa os
elementos aproveitáveis. E não pode negar-se que é sobre o acerto da escolha
que assentam a calma e relativo desafogo da Nação, como é sobre o cunho, ao
mesmo tempo nacional e humano, das instituições e sobre a obediência às mesmas
directrizes políticas que assenta primariamente a eficiência do regime. O que é
visto por tantos, olhado de fora, seria incompreensível que o não notássemos
nós.



II.



Com o intento de não me
sobrepor aos trabalhos do Congresso, evitarei descer ao exame de questões
concretas da política nacional e nem mesmo farei a defesa das grandes
orientações a que obedeceu a sua solução. Sou assim obrigado a passar à margem
dos problemas políticos e da administração, focando-lhes apenas alguns aspectos
especiais. O que me proponho dizer circunscrever-se-á a este esquema: um Estado
que defina e prossiga uma política; uma Nação que a inspire ou a compreenda e
apoie. Falando como políticos, podemos consubstanciar nisto as nossas
aspirações e necessidades de portugueses.



Ao pedir um Estado
capaz de definir uma política, nós partimos do pressuposto de que ele é livre,
primeiro para se organizar e depois para determinar a sua vida interna e a sua
vida de relações. Ao exigir do Estado que realize a política que definiu,
pressupõem-se nele requisitos orgânicos e razoável independência em relação ao
condicionalismo exterior. Estes problemas podem dizer-se redutíveis a este
outro — saber, no mundo contemporâneo e dada a interdependência das sociedades
civilizadas, qual o âmbito deixado à autodeterminação dos Estados.



Ouve-se falar muito na
força das ideias, para significar que estas se generalizam e acabam por
impor-se à inteligência e à conduta dos homens, e quem diz dos homens diz
naturalmente dos Estados, impelidos assim a uma tal ou qual uniformidade de
orgânica e de doutrina. Ora, fora do jogo de alguns conceitos universais, o
asserto é sobretudo exacto quando não há, em relação a umas ideias, outras de
igual mérito que se lhes oponham. Assim, a inaptidão que está a verificar-se na
Europa Ocidental, de criar, acreditar, viver ideias políticas ou sociais suas,
pode conduzir-nos neste século a uma espécie de colonização mental da parte dos
dois maiores poderes em presença — a Rússia e a América do Norte. E, se assim
for, pode augurar-se que, seja qual for o país afinal dominante nessa
influência, o que chamamos «a nossa civilização» ou será destruído ou sofrerá
profundamente nalguns dos seus elementos essenciais. A passividade, o espírito
fatalista com que a Europa se dispõe a ser qualquer coisa diferente dela mesma,
confrange os espíritos menos apaixonados pela sua milenária cultura. E eu não
vejo outra defesa que não seja partir do princípio de que na vida as coisas não
têm fatalmente de ser isto ou aquilo, de que a vontade é a suprema criadora da
história, e apelar para a contribuição que pode esperar-se da índole particular
de cada povo e da seiva das suas melhores tradições, em vez de abafar-lhes a
força criadora do génio sob o peso de importações alheias.



As tendências para a
uniformização da orgânica dos Estados temo-las visto umas vezes nascer como
fruto pouco amadurecido de exaltações sentimentais, outras do espírito de
solidariedades partidárias e outras ainda das imposições de uma hegemonia
política. Em qualquer caso, devemos considerar essas tendências contrárias aos
ensinamentos da experiência, à índole dos povos e aos seus interesses. Elas
são, nalguns casos, a máscara de abusiva intervenção nos negócios internos e na
vida das nações, com a postergação de uma norma de conduta internacional,
condição de colaboração pacífica.



Quando se pensa que o
Estado é a primeira barreira defensiva em face de todos os factores de
corrupção ou perversão da comunidade que representa, pode fazer-se ideia do que
a possibilidade prática e o direito efectivo de se organizar livremente
representam para a saúde moral dos povos e para a sua independência. Não duvido
um momento de que estamos na boa razão, na linha de defesa da civilização
ocidental e do melhor interesse da Nação portuguesa ao reivindicar o direito de
nos organizarmos segundo as nossas concepções, de fazê-lo segundo as nossas
necessidades e índole, prestando aos mais o contributo, embora modesto, da
nossa experiência. As instituições que podem viver, apesar da incompreensão que
por vezes as cerca, têm pelo menos o valor e o significado da sua própria
durabilidade.



E eis aqui uma primeira
manifestação da verdadeira independência política.



Agora o outro ponto. A
capacidade de o Estado definir e realizar uma política depende primeiro da sua
orgânica, e depende em segundo lugar do condicionalismo interno e externo. O
primeiro requisito é redutível à permanência das instituições e designadamente
à estabilidade governativa; o segundo refere-se às dependências em relação à
comunidade internacional.



O mundo vem sofrendo há
muito de uma doença que poderá classificar-se de intolerância em relação à
autoridade; e há muito tempo também que lhe vem suportando os efeitos.
Cientistas e políticos têm-se colocado no mesmo sentido da corrente, não vendo
para alívio da pobre condição humana, que alternadamente reclama e detesta a
autoridade, senão o remédio da frequente mutação dos seus representantes. De
queda em queda, os Estados modernos vieram a considerar-se tanto mais
progressivos quanto mais decapitados, conclusão que, por absurda, deve provir
de erro no ponto de partida. Nenhuma grande casa agrícola, nenhuma exploração
comercial ou industrial, nenhum estabelecimento ou organismo de qualquer índole
suportaria sem risco sério o mesmo processo que aos Estados se aconselha como
remédio. É evidente que as mutações de regime, de orientação ou de pessoal
político estão longe de ser sempre um capricho: podem ser necessárias ou úteis.
O erro está em que as crises se apresentem como a própria vida política e
expressão da sua normalidade.



(Quando se trate de
política a longo prazo - ou seja, de uma ideia de governo que se projecta e
há-de realizar-se em largo período —, tem de reconhecer-se que os regimes
monárquicos possuem potencialmente condições superiores às das repúblicas. Nestas,
como não pode contar-se antecipadamente com suficiente duração do mandato
presidencial, teria de contar-se com a assistência de órgãos permanentes do
Estado que pudessem de algum modo ser os mantenedores de uma tradição política.
Eu devia ter presente esta necessidade, ou pelo menos altíssima vantagem,
quando um dia lembrei que ao Conselho de Estado, devidamente reorganizado, se
podia entregar essa missão, por não ver a quem mais, nas nossas circunstâncias,
se havia de confiar.

O mérito desta solução pode
ser evidentemente discutido, mas o problema que a suscitou de modo algum o pode
ser. Uma política é em si mesma um plano, e um plano, mesmo medíocre, é sempre
melhor que a falta dele: porque o trabalho certo, com fito determinado,
revela-o a experiência superior mesmo aos golpes de génio esporádicos e sem
sequência. O revigoramento das instituições pela continua admissão de sangue
novo que refresque, remoce e dinamize o trabalho empreendido não exige a
mudança de orientação, antes aquela só é inteiramente benéfica se enquadrada na
linha geral do mesmo pensamento.)



À parte os ambiciosos à
espreita de oportunidades, não julgo que possa ter-se sobre o problema opinião
diferente. Nem a história nos permite outra conclusão. Nem a consideração do
que vemos no mundo de hoje ilustra tese diversa: de facto, transplantadas as
coisas para o plano mundial, a superioridade de ter uma política ou de não a
ter, de prosseguir a mesma política ou de mudar de política a cada momento,
está suficientemente ilustrada por factos de relevância quase trágica.

Do exposto se deduz
devermos considerar como a maior virtude do regime poder dotar o País de uma
governação estável pela força dos seus princípios e pelo jogo equilibrado das
suas instituições.



Digamos finalmente uma
palavra acerca das restrições que podem impor à definição e prossecução de uma
política as dependências da comunidade internacional. A política de uma nação
não é conduzida, por assim dizer, em espaço livre, mas no condicionalismo
determinado pela coexistência com outras nações. O aumento geral da população
no globo, a distribuição do trabalho no mundo, como a extrema rapidez das
comunicações, tornam os povos estreitamente dependentes quanto aos seus meios
de vida, mas uns mais que outros, poucos existindo dotados de aptidões e
recursos que lhes permitam libertar-se, mesmo onerosamente, da dependência de
qualquer condicionalismo exterior. Na complexidade da vida moderna vieram ainda
enxertar-se, nos motivos de dependência e influência natural, outras causas de
dependência ou servidão, abusivas pela sua origem e perniciosas nos seus
possíveis resultados. Umas e outras dependências diminuem a liberdade dos
Estados, mesmo quando não façam violência à sua vida ou atinjam a sua
integridade. Mas não falamos destas últimas.



Sem dúvida a
interdependência, quando em domínios vitais, impõe a colaboração, que pode
estabelecer-se plurilateralmente por duas formas diversas: ou partir da nação
como unidade integradora dos seus próprios interesses, ou partir destes directamente
para a organização internacional. É esta segunda modalidade a que parece ter
hoje a preferência, não no domínio das aplicações, ainda na verdade restritas,
mas no ambiente político universal. Ela é, aliás, a mais conforme com certo
afrouxamento do princípio nacionalista no mundo. Eu, porém, creio que a
organização internacional de grandes interesses terá muito maior viabilidade e
eficácia se feita por escalões, um dos quais, o nacional, se afigura
imprescindível, mesmo porque é este o processo de evitar a sobreposição de
autoridades independentes dos Estados e o desconhecimento da autoridade destes
para organizar equilibradamente o conjunto dos interesses da nação.



Seja como for, é
evidente que a intensificação das relações internacionais condiciona fortemente
a política das nações, mas de um modo fazendo actuar as soberanias nacionais e
de outro impondo-se-lhes, senão desconhecendo-as, sem interesse e com prejuízo
geral. Esta nossa maneira de ver quem quer a notará expressa na política que se
há seguido e que dela se pode considerar aplicação e exemplo.



Não vou agora dizer em
que tem consistido a nossa política financeira, a nossa política económica, a
nossa política ultramarina. Todos conhecem o suficiente para saber não só que
existem, mas as suas directrizes essenciais através das mais diversas
aplicações concretas. O meu intento é apenas chamar a atenção para que, sob o
aspecto considerado, ela se apresenta dotada de uma unidade substancial:
mostrar que no fundo se trata sempre de diminuir dependências, restringir
servidões, conquistar autonomias e, por tais processos, aumentar de direito e
de facto a independência da Nação, isto é, maior liberdade de o Estado se
determinar na satisfação dos interesses da grei. (E porquê? E para quê? Não com
fim egoísta, mas para poder colaborar mais estreitamente e mais eficazmente na
comunidade internacional.)



Nesta orientação, a
própria política externa nos aparece como a resultante geral de todas as outras
políticas, o seu somatório, a sua cúpula. Muitos de nós contentar-se-ão em ver
certa virtuosidade em atravessar incólume duas guerras, evitar os mil conflitos
possíveis com uns e outros beligerantes, colaborar com as potências amigas ou
aliadas, ajudar a causa da paz, manter a integridade metropolitana e
ultramarina, apertar os laços que nos prendem a todas as nações, gozar senão de
prestígio, ao menos de respeito entre elas. Seria muito, se fosse só isto. Mas
outros poderão ir mais além e notar como, sem prejuízo das mais antigas
amizades e alianças, toda a política externa mudou de plano, de objectivos, de
extensão, se assim me posso exprimir: mudada na Península, mudada em África,
mudada no Atlântico, mudada na mesma Roma pontifícia, isto é, mudada no mundo.
É certo que a modificação das circunstâncias exteriores ao agregado português e
o aproveitamento de circunstâncias novas incitavam, sugeriam voos mais largos;
mas não há dúvida de que em tudo quanto exigiu esforço, continuidade e
preparação da nossa parte, ela se deve considerar acto de inteligência e defesa
máxima do interesse nacional.



Não sei de momento onde
tenho uma carta oferecida pela Rainha D. Amélia, a excelsa Senhora que,
falecida na doce terra de França, virá em breve dormir o seu último sono a
Portugal. Eu fui criado, como toda a gente neste país, na fama das péssimas
relações domésticas dos soberanos. De modo que a minha primeira surpresa foi a
da afectuosidade que ressumava daquela carta política em que D. Carlos
descrevia à Rainha um episódio curioso. No almoço que lhe fora oferecido a
bordo de um cruzador americano, navio chefe da esquadra em manobras ao largo
das costas portuguesas, e a que viera juntar-se um cruzador inglês, o almirante
americano, com admirável sentido das realidades que bastante mais tarde se
desenhariam claramente, dizia ao Rei, em face dos três pavilhões de almirante,
que só então as coisas estavam como deviam estar, «sendo os melhores amigos dos
nossos melhores amigos os nossos melhores amigos». Com tais palavras,
expressamente autorizadas pelo Presidente Roosevelt, era convidado o Rei, como
quem diz Portugal, para uma colaboração de que viríamos a ser, meio século mais
tarde, os executores. E não só nisso. Porque, ao vivermos e alimentarmos a
ideia do «quadrilátero do Atlântico», retomávamos ainda, mesmo sem o sabermos,
uma ideia que já então lhe era cara e procurava realizar, se o Brasil desse a
indispensável colaboração.



Pensava D. Carlos
ter-se na sua resposta saído bem - e eu o creio - das dificuldades de ocasião.
Porém só o tempo, a evolução das circunstâncias, a política do regime, por tudo
o que tem feito e designadamente por ter conseguido transmudar em amizade
sincera a atmosfera de suspeição peninsular, permitiram ir convertendo em
realidades o que apenas podiam ser então expressões sem sentido prático ou
névoas do futuro entrevistas pela imaginação do grande Rei.



III.



Em face do Estado apto
a definir e a realizar uma política, é necessário que a Nação a compreenda e
apoie. Quero com isso significar a existência de um estado de consciência
colectiva, capaz de ser o suporte da política nacional. Na parte em que a
política nacional se pode confundir com o regime, a integração das consciências
nos princípios que o informara é a base mais sólida e porventura a garantia
mais eficaz da sua estabilidade.



As pessoas estranhas à
vida do Estado admirar-se-ão de ouvir, sobretudo da boca de uma pessoa com tão
longa permanência no Governo, que o Poder é por essência delicado e frágil e
que só assentar na base de uma larga compreensão e apoio lhe permite manter-se
sem violências e trabalhar com eficácia.



Quando se nos pede que
completemos e aperfeiçoemos as instituições que são a essência e estrutura do
regime, dirige-se-nos um apelo que está na pura lógica das coisas; quando por
minha vez peço e insisto por que façamos nossos os princípios e os convertamos
de convicções em acção prática, defendo que as instituições sem os princípios
são corpos sem vida, que não se poderão manter por muito tempo incorruptos e
que logo ao perder a vida perdem a acção. Ufanar-se de uma doutrina é apenas
alçar uma bandeira; vivê-la intensamente é entrar armado no combate.



Esta diferenciação
entre princípios e instituições pode e deve fazer-se também entre as
instituições e os regimes: isso nos evitará muita desilusão e nomeadamente os
riscos de cair numa espécie de feiticismo político que dê às fórmulas valor
absoluto ou, pelo menos, superior ao que possuem. Não é o momento de me ocupar
expressam ente da questão posta nalgum as teses apresentadas ao Congresso e que
concluem pela monarquia, e por isso lhes faço apenas uma ligeira referência.



A monarquia tem a
superioridade real de conter em si própria resolvida - tanto quanto humanamente
o pode ser - a questão da estabilidade da chefatura do Estado; mas a monarquia
não é um regime, é apenas uma instituição. Como tal, pode coexistir com os
regimes mais diversos e de muito diferentes estruturas e ideologias. E, sendo
assim, ela não pode ser só por si a garantia da estabilidade de um regime
determinado, senão quando é o lógico coroamento das mais instituições do Estado
e se apresenta como uma solução tão natural e apta que não é discutida na
consciência geral. Eis o ponto. Nas dificuldades dos tempos que vivemos, as
consciências andam absorvidas por problemas de natureza muito diferente: a paz,
as questões económicas e sociais não só têm hoje o primado absoluto como exigem
em cada país unidade de pensamento e unidade de acção, isto é, a maior coesão
nacional, para se lhes encontrarem soluções convenientes. Concluo como quem
aconselha: estudemos tudo, mas não nos dividamos em nada.



Volto à referência que
fiz à consciência colectiva como a garantia mais sólida da estabilidade do
regime e da sua eficiência. Não basta uma consciência passiva e mais ou menos
conformista, porque se exige uma consciência viva e vibrante, mesmo que um
tanto ou quanto rebelde, que só por si seja estimulante e inspiradora da acção.
Mas essa não podemos encontrá-la senão num escol político em cuja retaguarda
tem de existir ainda uma plêiade de homens de estudo, empenhados em aprofundar
os problemas, agitar ideias, definir princípios de orientação, criar doutrina,
impulsionar a própria actividade do regime. Pode fazer-se política com o
coração; não pode governar-se senão com a razão esclarecida.



Não façamos confusões
com organizações partidárias, dotadas de pequenos programas concretos e
enleadas em seus interesses eleitorais. Nós estamos em face de um movimento
nacional, pelos objectivos, pela extensão, pela base moral em que assenta,
pelas colaborações que necessita: com toda a legitimidade ele pode dirigir-se,
como se tem dirigido, aos homens de boa vontade, capazes de sacrificar-se pelo
seu país. A ninguém pede que adira; a todos pede que sirvam.



E estou chegado às
minhas últimas considerações.



Foi decidido realizar
em Coimbra o III Congresso da União Nacional, à sombra da velha Universidade e
sob a sua égide e inspiração, como homenagem ao contributo ideológico por ela
prestado à Revolução do 28 de Maio, especialmente através de alguns dos homens
aos quais coube definir-lhe os princípios e trabalhar na sua estruturação.
Muitos, lá fora, não atinando com designação apropriada, chamam-nos uma
«ditadura de doutores», não depreciativamente – seria falho de senso –, mas
para exprimir que os universitários puros ou desinteressados exercem entre nós,
em larga proporção, as funções de comando e têm dado ao regime o seu substrato
intelectual. O Estado não é uma criação científica, a política não é
propriamente uma técnica: mas os problemas da vida social cada vez mais
precisam do auxílio que pode dar-lhes o conjunto dos conhecimentos humanos para
uma correcta solução. E temos plena consciência disso os que não buscamos
satisfação de vaidades, mas os caminhos da verdade e da justiça e por eles o
bem comum. Então, se os homens saídos das escolas, e designadamente desta, não
desmereceram no governo do que aprenderam e algum dia aqui houveram de ensinar,
podem em inteira consciência dirigir à Universidade um apelo respeitoso e
levantar os olhos em atitude de confiança para a Escola portuguesa, de que
desejamos, para bem da Pátria, Coimbra continue a ser o fanal radioso e símbolo
sagrado: Mãe Augusta, Sede da Sabedoria, ilumina os teus filhos!



Mais discursos:
https://archive.org/details/sa....lazar-discursos-e-no

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1 Comments sort Sort By
HardesFl
HardesFl
3 years ago

Sobre Mulheres.

de

Arthur Schopenhauer

Estas poucas palavras de Jouy, Sans les femmes le commencement de notre vie seroit privé de secours, le milieu de plaisirs et la fin de consolation, expressam mais exatamente, em minha opinião, o verdadeiro elogio da mulher do que o poema de Schiller, Würde der Frauen, que é fruto de muito pensamento cuidadoso e impressionante por causa de sua antítese e uso de contraste. A mesma coisa é mais pateticamente expressa por Byron em Sardanapalus, Act i, Sc. 2: -

"O primeiro
Da vida humana deve brotar do seio da mulher,
Suas primeiras palavras pequenas são ensinadas de seus lábios,
Suas primeiras lágrimas foram saciadas por ela, e seus últimos suspiros
Muitas vezes expirado na audição de uma mulher,
Quando os homens se encolheram com o cuidado ignóbil
De assistir a última hora daquele que os liderou. ”

Ambas as passagens mostram o ponto de vista correto para a valorização das mulheres.

Basta olhar para a forma de uma mulher para descobrir que ela não se destina a muito trabalho mental ou físico. Ela paga a dívida da vida não pelo que faz, mas pelo que sofre - pelas dores de ter filhos, cuidar da criança e sujeitar-se ao homem, de quem deve ser paciente e alegre companhia. As maiores tristezas e alegrias ou grande demonstração de força não são atribuídas a ela; sua vida deve fluir mais calmamente, mais suavemente e menos obstrusivamente do que a do homem, sem que ela seja essencialmente mais feliz ou infeliz.



As mulheres são adaptadas diretamente para atuar como enfermeiras e educadoras de nossa primeira infância, pela simples razão de que elas mesmas são infantis, tolas e míopes - em uma palavra, são crianças grandes por toda a vida, algo intermediário entre a criança e o homem, que é um homem no sentido estrito da palavra. Pense em como uma menina brinca dia após dia com uma criança, dança com ela e canta para ela; e então considere o que um homem, com as melhores intenções do mundo, poderia fazer em seu lugar.



Com as meninas, a Natureza teve em vista o que é chamado em sentido dramático de “efeito marcante”, pois ela as dotou por alguns anos de uma riqueza de beleza e uma plenitude de charme à custa do resto de suas vidas; de modo que durante esses anos eles possam enredar a fantasia de um homem a tal ponto que o faça correr para cuidar deles, de alguma forma, por toda a vida - um passo que não pareceria suficientemente justificado se ele apenas considerou o assunto. Conseqüentemente, a Natureza forneceu à mulher, assim como ao resto de suas criaturas, as armas e os implementos necessários para a proteção de sua existência e pelo período de tempo em que estarão a seu serviço; de modo que a Natureza procedeu aqui com sua economia usual. Assim como a formiga fêmea após o coito perde suas asas, que então se tornam supérfluas, ou melhor, perigosas para propósitos de procriação, também a mulher perde sua beleza depois de dar à luz a um ou dois filhos; e provavelmente pelos mesmos motivos.

Então, novamente, descobrimos que as jovens em seus corações consideram seus assuntos domésticos ou outros como coisas secundárias, se não como uma simples brincadeira. Amor, conquistas e tudo o que isso inclui, como vestir, dançar e assim por diante, eles dão muita atenção.



Quanto mais nobre e perfeita uma coisa, mais tarde e mais devagar ela atinge a maturidade. O homem atinge a maturidade de seu raciocínio e faculdades mentais mal antes dos vinte e oito anos; mulher aos dezoito anos; mas o dela é motivo de limitações muito estreitas. É por isso que as mulheres permanecem crianças por toda a vida, pois sempre vêem apenas o que está próximo, apegam-se ao presente, assumem a aparência de uma coisa por realidade e preferem as coisas triviais às mais importantes. É em virtude dos poderes de raciocínio do homem que ele não vive apenas no presente, como o bruto, mas observa e pondera sobre o passado e o futuro; e desta fonte de discrição, cuidado e aquela ansiedade que tão freqüentemente notamos nas pessoas. As vantagens, bem como as desvantagens, que isso acarreta, tornam a mulher, em conseqüência de seus poderes de raciocínio mais fracos, menos participante deles. Além disso, ela é intelectualmente míope, pois embora sua compreensão intuitiva perceba rapidamente o que está perto dela, por outro lado, seu círculo de visão é limitado e não abrange nada que seja remoto; portanto, tudo o que está ausente ou passado, ou no futuro, afeta menos as mulheres do que os homens. É por isso que têm maior inclinação para a extravagância, que às vezes beira a loucura. As mulheres em seus corações pensam que os homens têm a intenção de ganhar dinheiro para que possam gastá-lo, se possível durante a vida de seu marido, mas de qualquer forma após sua morte. Por outro lado, seu círculo de visão é limitado e não abrange nada que é remoto; portanto, tudo o que está ausente ou passado, ou no futuro, afeta menos as mulheres do que os homens. É por isso que têm maior inclinação para a extravagância, que às vezes beira a loucura. As mulheres em seus corações pensam que os homens têm a intenção de ganhar dinheiro para que possam gastá-lo, se possível durante a vida de seu marido, mas de qualquer forma após sua morte. Por outro lado, seu círculo de visão é limitado e não abrange nada que é remoto; portanto, tudo o que está ausente ou passado, ou no futuro, afeta menos as mulheres do que os homens. É por isso que têm maior inclinação para a extravagância, que às vezes beira a loucura. As mulheres em seus corações pensam que os homens têm a intenção de ganhar dinheiro para que possam gastá-lo, se possível durante a vida de seu marido, mas de qualquer forma após sua morte.

Assim que ele lhes dá seus ganhos para manter a casa, eles se fortalecem nessa crença. Embora tudo isso acarrete muitas desvantagens, ainda assim tem a vantagem de que a mulher vive mais no presente do que o homem e que gosta mais disso, se é que isso é suportável. Esta é a origem daquela alegria própria da mulher e que a torna apta a distrair o homem e, em caso de necessidade, a consolá-lo quando está oprimido pelos cuidados. Consultar mulheres em questões de dificuldade, como os alemães costumavam fazer nos velhos tempos, não é de forma alguma um assunto a ser negligenciado; pois sua maneira de apreender uma coisa é bem diferente da nossa, principalmente porque gostam do caminho mais curto para o ponto, e geralmente mantêm sua atenção fixa no que está mais próximo; enquanto nós, via de regra, vemos além dele, pela simples razão de que está debaixo de nosso nariz, então torna-se necessário sermos trazidos de volta à coisa para obter uma visão próxima e simples. É por isso que as mulheres são mais sóbrias em seus julgamentos do que nós e não vêem nas coisas nada mais do que realmente existe; enquanto nós, se nossas paixões são despertadas, exageramos um pouco ou aumentamos nossa imaginação.

É porque os poderes de raciocínio das mulheres são mais fracos que elas mostram mais simpatia pelos desafortunados do que os homens e, consequentemente, têm um interesse mais gentil por eles. Por outro lado, as mulheres são inferiores aos homens em questões de justiça, honestidade e consciência. Novamente, porque sua faculdade de raciocínio é fraca, as coisas claramente visíveis e reais, e pertencentes ao presente, exercem um poder sobre elas que raramente é neutralizado por pensamentos abstratos, máximas fixas ou resoluções firmes, em geral, em consideração ao passado e futuro ou por consideração pelo que está ausente e remoto. Conseqüentemente, eles têm as primeiras e principais qualidades da virtude, mas carecem das qualidades secundárias que muitas vezes são um instrumento necessário para desenvolvê-la. As mulheres podem ser comparadas a este respeito a um organismo que tem um fígado, mas não tem vesícula biliar.9 De modo que se descobrirá que a falha fundamental no caráter das mulheres é que elas não têm "senso de justiça". Isso decorre de sua deficiência na capacidade de raciocínio e reflexão já referida, mas também se deve em parte ao fato de que a natureza não os destinou, como o sexo mais fraco, a serem dependentes da força, mas da astúcia; é por isso que são instintivamente astutos e têm uma tendência indelével para mentir. Pois assim como os leões são equipados com garras e dentes, elefantes com presas, javalis com presas, touros com chifres e os chocos com seu fluido escuro e escuro, a Natureza forneceu a mulher para sua proteção e defesa com a faculdade de dissimulação, e todos o poder que a natureza deu ao homem na forma de força corporal e razão foi conferido à mulher nesta forma. Conseqüentemente, a dissimulação é inata na mulher e quase tão característica dos muito estúpidos quanto dos espertos. Conseqüentemente, é tão natural para as mulheres disfarçarem em todas as oportunidades quanto para os animais voltarem para suas armas quando são atacados; e sentem, ao fazê-lo, que em certa medida estão apenas fazendo uso de seus direitos. Portanto, uma mulher que é perfeitamente verdadeira e não dissimula talvez seja uma impossibilidade. É por isso que eles enxergam através da dissimulação nos outros com tanta facilidade; portanto, não é aconselhável tentar com eles. Do defeito fundamental que foi declarado, e tudo o que ele envolve, surgem a falsidade, a falta de fé, a traição, a ingratidão e assim por diante. Num tribunal de justiça, as mulheres são mais frequentemente consideradas culpadas de perjúrio do que os homens. Na verdade, é geralmente questionado se eles deveriam ser autorizados a prestar juramento. De vez em quando, há casos repetidos por toda parte de senhoras que não precisam de nada, embolsando e tirando coisas secretamente dos balcões das lojas.



A natureza tornou o chamado dos homens jovens, fortes e bonitos cuidar da propagação da raça humana; para que a espécie não degenere. Esta é a vontade firme da Natureza, e encontra sua expressão nas paixões das mulheres. Esta lei supera todas as outras em idade e poder. Ai, então, do homem que estabelece direitos e interesses de maneira a impedi-los; pois o que quer que ele faça ou diga, eles serão, no primeiro início significativo, impiedosamente aniquilados. Pois a moral secreta, não formulada, ou melhor, inconsciente, mas inata da mulher é: Temos justificativa para enganar aqueles que, porque se importam um pouco conosco, - isto é, com o indivíduo, - imaginam que obtiveram direitos sobre a espécie . A constituição e, conseqüentemente, o bem-estar da espécie, foram colocados em nossas mãos e confiados aos nossos cuidados por meio da próxima geração que procede de nós; vamos cumprir nossos deveres conscienciosamente.

Mas as mulheres não estão de forma alguma cônscias desse princípio condutor in abstracto, só têm consciência dele in concreto, e não têm outra maneira de expressá-lo senão pela maneira como agem quando chega a oportunidade. Para que sua consciência não os incomode tanto quanto imaginamos, pois nas profundezas de seus corações eles estão conscientes de que, ao violar seu dever para com o indivíduo, eles o cumpriram melhor para com a espécie, cuja reivindicação sobre eles é infinitamente maior. (Uma explicação mais completa sobre este assunto pode ser encontrada no vol. Ii., Cap. 44, em minha obra principal, Die Welt als Wille und Vorstellung.)

Porque as mulheres existem inteiramente para a propagação da raça, e seu destino termina aqui, elas vivem mais para a espécie do que para o indivíduo, e em seus corações levam os assuntos da espécie mais a sério do que os do indivíduo. Isso dá a todo o seu ser e caráter uma certa frivolidade e, no geral, uma certa tendência que é fundamentalmente diferente da do homem; e é isso que desenvolve aquela discórdia na vida de casado que é tão prevalente e quase normal.

É natural que exista um sentimento de mera indiferença entre os homens, mas entre as mulheres é uma inimizade real. Isso talvez se deva ao fato de que o ódio figulinumina, no caso dos homens, se limita a seus afazeres cotidianos, mas com as mulheres abrange todo o sexo; já que eles têm apenas um tipo de negócio. Mesmo quando se encontram na rua, eles se olham como guelfos e gibelinos. E é bastante evidente quando duas mulheres se conhecem pela primeira vez que elas exibem mais restrição e dissimulação do que dois homens colocados em circunstâncias semelhantes. É por isso que uma troca de elogios entre duas mulheres é muito mais ridícula do que entre dois homens. Além disso, enquanto um homem irá, via de regra, se dirigir aos outros, mesmo aqueles inferiores a si mesmo, com um certo sentimento de consideração e humanidade, é insuportável ver com que orgulho e desdém uma senhora de posição irá, na maior parte, se comportar para alguém que está em uma posição inferior (não empregado em seu serviço) quando ela fala com ela. Isso pode ser porque as diferenças de posição são muito mais precárias com as mulheres do que conosco e, conseqüentemente, mudam mais rapidamente sua linha de conduta e as elevam , ou porque embora cem coisas devam ser pesadas em nosso caso, há apenas uma a ser pesada no deles, a saber, com aquele homem que eles encontraram favor; e, novamente, por causa da natureza unilateral de sua vocação, eles se relacionam mais intimamente do que os homens; e assim é que eles tentam tornar proeminentes as diferenças de posição. Por causa da natureza unilateral de sua vocação, eles mantêm um relacionamento mais próximo um do outro do que os homens; e assim é que eles tentam tornar proeminentes as diferenças de posição. Por causa da natureza unilateral de sua vocação, eles mantêm um relacionamento mais próximo um do outro do que os homens; e assim é que tentam tornar proeminentes as diferenças de posição.



É apenas o homem cujo intelecto é obscurecido por seu instinto sexual que poderia dar àquela raça atrofiada, de ombros estreitos, quadris largos e pernas curtas o nome de belo sexo; pois toda a beleza do sexo é baseada neste instinto. Seria mais justo chamá-los de sexo antiestético do que de belo. Nem para a música, nem para a poesia, nem para as belas-artes têm algum sentido e suscetibilidade real ou verdadeira, e é mera zombaria de sua parte, em seu desejo de agradar, se afetam tal coisa.

Isso os torna incapazes de ter um interesse puramente objetivo por qualquer coisa, e a razão para isso, imagino, é a seguinte. Um homem se esforça para obter domínio direto sobre as coisas, seja por compreendê-las ou por compulsão. Mas uma mulher é sempre e em toda parte levada ao domínio indireto, a saber, por meio de um homem; todo o seu domínio direto sendo limitado apenas a ele. Portanto, está na natureza da mulher olhar para tudo apenas como um meio para ganhar o homem, e seu interesse em qualquer outra coisa é sempre um simulado, uma mera forma indireta de atingir seus objetivos, consistindo em coqueteria e fingimento. Daí Rousseau disse, Les femmes, en général, n’aiment aucun art, ne se connoissent à aucun et n’ont aucun génie (Lettre à d’Alembert, nota xx.). Todo aquele que pode ver através de uma farsa deve ter descoberto que esse é o caso. Basta observar a maneira como eles se comportam em um concerto, ópera ou peça; a simplicidade infantil, por exemplo, com que continuam tagarelando nas melhores passagens das maiores obras-primas. Se é verdade que os gregos proibiam as mulheres de ir à peça, eles agiram de maneira correta; pois de qualquer modo seriam capazes de ouvir algo. Em nossos dias, seria mais apropriado substituir taceat mulier no teatro por taceat mulier na eclésia; e isso talvez possa ser colocado em letras grandes na cortina.

Nada diferente pode ser esperado das mulheres, se tivermos em mente que as mais eminentes de todo o sexo nunca realizaram nada nas belas-artes que seja realmente grande, genuíno e original, ou dado ao mundo qualquer tipo de trabalho permanente valor. Isso é mais notável no que diz respeito à pintura, cuja técnica está tanto ao seu alcance quanto ao nosso; é por isso que o buscam tão diligentemente. Ainda assim, eles não têm uma única grande pintura para mostrar, pela simples razão de que lhes falta aquela objetividade mental que é precisamente o que é tão diretamente necessário na pintura. Eles sempre se atêm ao que é subjetivo. Por isso, as mulheres comuns não têm nenhuma suscetibilidade à pintura: for natura non facet saltum. E Huarte, em seu livro famoso por trezentos anos, Examen de ingenios para las scienzias, afirma que as mulheres não possuem as capacidades superiores. Exceções individuais e parciais não alteram o assunto; as mulheres são e continuam a ser consideradas, em conjunto, as filisteus mais completas e incuráveis; e por causa do arranjo extremamente absurdo que lhes permite compartilhar a posição e o título de seus maridos, são um estímulo constante para suas ambições ignóbeis. E, além disso, é por serem filisteus que a sociedade moderna, à qual dão o tom e onde dominam, se corrompeu. No que diz respeito à posição deles, devemos nos guiar pela máxima de Napoleão, Les femmes n’ont pas de rang; e a respeito deles em outras coisas, Chamfort diz muito verdadeiramente: Eles são feitos para trocar nossas fraquezas com nossa loucura, mas não com nossa razão. Existe entre eles e os homens simpatias da epiderme, e muito poucas simpatias de espírito, alma e caráter. Eles são o sexus sequior, o segundo sexo em todos os aspectos, portanto, suas fraquezas devem ser poupadas, mas tratar as mulheres com extrema reverência é ridículo e nos rebaixa a seus próprios olhos. Quando a natureza dividiu a raça humana em duas partes, ela não a cortou exatamente ao meio! A diferença entre os pólos positivo e negativo, de acordo com a polaridade, não é apenas qualitativa, mas também quantitativa. E era sob essa luz que os antigos e o povo do Oriente consideravam as mulheres; eles reconheceram sua verdadeira posição melhor do que nós, com nossas velhas idéias francesas de galanteria e veneração absurda, o mais alto produto da estupidez cristã-teutônica. Essas idéias só serviram para torná-los arrogantes e imperiosos, a ponto de lembrar às vezes os santos macacos de Benares, que, na consciência de sua santidade e inviolabilidade, pensam que podem fazer tudo e qualquer coisa que quiserem.

No Ocidente, a mulher, isto é, a “senhora”, encontra-se em uma posição falsa; pois a mulher, corretamente denominada pelos antigos sexus sequior, não é de forma alguma adequada para ser objeto de nossa honra e veneração, ou para ter sua cabeça mais alta do que o homem e ter os mesmos direitos que ele. As consequências dessa posição falsa são suficientemente claras. Consequentemente, seria uma coisa muito desejável se este Número Dois da raça humana na Europa recebesse sua posição natural, e a senhora reclamação fosse eliminada, o que não é apenas ridicularizado por toda a Ásia, mas teria sido igualmente ridicularizado pela Grécia e Roma. O resultado disso seria que a condição de nossos assuntos sociais, civis e políticos seria incalculavelmente melhorada. A lei sálica seria desnecessária; seria um truísmo supérfluo. A senhora européia, estritamente falando, é uma criatura que não deveria existir; mas deve haver governantas e meninas que desejam tornar-se assim; e eles devem ser educados não para serem arrogantes, mas para serem domesticados e submissos. É exatamente porque há mulheres na Europa que as mulheres de posição inferior, ou seja, a grande maioria do sexo, são muito mais infelizes do que no Oriente. Até mesmo Lord Byron diz (Letters and Papers, de Thomas Moore, vol. Ii. P. 399), Pensamento sobre o estado das mulheres sob os gregos antigos - bastante conveniente. Estado atual, um resquício da barbárie das idades cavalheiresca e feudal - artificial e antinatural. Eles devem cuidar de casa - e estar bem alimentados e vestidos - mas não misturados na sociedade. Também bem educado em religião - mas não para ler poesia nem política - nada além de livros de piedade e culinária. Música - desenho - dança - também um pouco de jardinagem e aração de vez em quando. Eu os vi consertando as estradas no Épiro com bom sucesso. Por que não, assim como a produção de feno e a ordenha?



Em nossa parte do mundo, onde a monogamia está em vigor, casar significa reduzir pela metade os direitos e dobrar os deveres. Quando as leis garantiram à mulher os mesmos direitos que o homem, também deveriam ter dado a ela um poder masculino de raciocínio. Pelo contrário, assim como os privilégios e honras que as leis decreta para as mulheres superam o que a Natureza lhes concedeu, também há uma diminuição proporcional no número de mulheres que realmente compartilham desses privilégios; portanto, os restantes são privados de seus direitos naturais, na medida em que os outros receberam mais do que os acordos da Natureza.

Para a posição não natural de privilégio que a instituição da monogamia, e as leis do casamento que a acompanham, atribuem à mulher, por meio da qual ela é considerada inteiramente como um equivalente pleno do homem, o que ela não é de forma alguma, causa inteligente e homens prudentes devem refletir muito antes de fazerem tão grande sacrifício e consentirem em um arranjo tão injusto. Portanto, enquanto entre as nações polígamas toda mulher encontra sustento, onde existe monogamia o número de mulheres casadas é limitado, e um número incontável de mulheres sem apoio permanece; os das classes superiores vegetam como velhas solteironas inúteis, os das classes inferiores são reduzidos a um trabalho muito árduo de natureza desagradável ou tornam-se prostitutas e levam uma vida tão triste quanto vazia de honra. Mas, nessas circunstâncias, eles torna-se uma necessidade para o sexo masculino; de modo que sua posição é abertamente reconhecida como um meio especial de proteger da sedução aquelas outras mulheres favorecidas pelo destino por terem encontrado maridos, ou que esperam encontrá-los. Só em Londres existem 80.000 prostitutas. Então, o que são essas mulheres que chegaram rápido demais a esse fim terrível, senão os sacrifícios humanos no altar da monogamia? As mulheres aqui referidas e que se encontram nesta posição miserável são o contrapeso inevitável à senhora europeia, com as suas pretensões e arrogância. Portanto, a poligamia é um benefício real para o sexo feminino, levando-o em conta. Só em Londres, há 80.000 prostitutas. Então, o que são essas mulheres que chegaram rápido demais a esse fim terrível, senão os sacrifícios humanos no altar da monogamia? As mulheres aqui referidas e que se encontram nesta posição miserável são o contrapeso inevitável à senhora europeia, com as suas pretensões e arrogância. Portanto, a poligamia é um benefício real para o sexo feminino, levando-a em conta. Só em Londres, há 80.000 prostitutas. Então, o que são essas mulheres que chegaram rápido demais a esse fim terrível, senão os sacrifícios humanos no altar da monogamia? As mulheres aqui referidas e que se encontram nesta posição miserável são o contrapeso inevitável à senhora europeia, com as suas pretensões e arrogância. Portanto, a poligamia é um benefício real para o sexo feminino, considerando-o como um todo. E, por outro lado, não há razão para que um homem cuja esposa sofre de uma doença crônica, ou permanece estéril, ou gradualmente se tornou muito velho para ele, não deva demorar um segundo. Muitas pessoas se convertem ao mormonismo pelas razões precisas de que condenam a instituição não natural da monogamia. A concessão de direitos não naturais às mulheres impôs-lhes deveres não naturais, cuja violação, entretanto, as torna infelizes. Por exemplo, muitos homens pensam que o casamento é desaconselhável no que diz respeito à sua posição social e posição monetária, a menos que ele contrate um casamento brilhante. Ele então desejará ganhar uma mulher de sua escolha em diferentes condições, a saber, sob aquelas que garantirão a segurança dela e de seus filhos. Se as condições forem justas, razoáveis ​​e adequadas, e ela consente em abrir mão daqueles privilégios indevidos que o casamento, como base da sociedade civil, sozinho pode conceder, ela deve, em certa medida, perder sua honra e levar uma vida de solidão ; já que a natureza humana nos torna dependentes da opinião dos outros de uma forma que é completamente desproporcional ao seu valor. Enquanto, se a mulher não consentir, ela corre o risco de ser obrigada a se casar com um homem de quem não gosta, ou de murchar e virar uma solteirona; pois o tempo que ela tem para encontrar um lar é muito curto. Em vista deste lado da instituição da monogamia, o tratado profundamente erudito de Thomasius, uma vez que a natureza humana nos torna dependentes da opinião dos outros de uma forma que é completamente desproporcional ao seu valor. Enquanto, se a mulher não consentir, ela corre o risco de ser obrigada a se casar com um homem de quem não gosta, ou de murchar e virar uma solteirona; pois o tempo que ela tem para encontrar um lar é muito curto. Em vista deste lado da instituição da monogamia, o tratado profundamente erudito de Thomasius, uma vez que a natureza humana nos torna dependentes da opinião dos outros de uma forma que é completamente desproporcional ao seu valor. Enquanto, se a mulher não consentir, ela corre o risco de ser obrigada a se casar com um homem de quem não gosta, ou de murchar e virar uma solteirona; pois o tempo que ela tem para encontrar um lar é muito curto. Em vista deste lado da instituição da monogamia, o tratado profundamente erudito de Thomasius, de Concubinatu, vale a pena ser lido, pois mostra que, entre todas as nações, e em todas as épocas, até a Reforma Luterana, o concubinato era permitido, não, que era uma instituição, em certa medida até reconhecida por lei e associada a nenhuma desonra. E manteve esta posição até a Reforma Luterana, quando foi reconhecida como outro meio para justificar o casamento do clero; então o partido católico não se atreveu a ficar atrasado no assunto.

É inútil discutir sobre a poligamia, ela deve ser tomada como um fato existente em todos os lugares, cuja mera regulamentação é o problema a ser resolvido. Onde estão, então, quaisquer monogâmicos reais? Todos nós vivemos, pelo menos por um tempo, e a maioria de nós sempre, em poligamia. Conseqüentemente, como cada homem precisa de muitas mulheres, nada é mais justo do que deixar que ele, ou melhor, lhe incumbir o sustento de muitas mulheres. Por este meio, a mulher será trazida de volta ao seu lugar natural e adequado como um ser subordinado, e a senhora, aquele monstro da civilização europeia e da estupidez cristã-teutônica, com sua ridícula reivindicação de respeito e veneração, não existirá mais; ainda haverá mulheres, mas não mulheres infelizes, de quem a Europa está cheia neste momento. O ponto de vista dos mórmons está certo.



Na Índia, nenhuma mulher é independente, mas cada uma está sob o controle de seu pai ou marido, ou irmão ou filho, de acordo com a lei de Manu.

É certamente uma ideia revoltante que as viúvas devam se sacrificar pelo cadáver de seu marido; mas também é revoltante que o dinheiro que o marido ganhou por trabalhar diligentemente por toda a vida, na esperança de que ele estava trabalhando para seus filhos, tenha sido desperdiçado com os amantes dela. Medium tenuere beati. O primeiro amor de uma mãe, como o dos animais e dos homens, é puramente instintivo e, conseqüentemente, cessa quando a criança não está mais fisicamente desamparada. Depois disso, o primeiro amor deve ser restabelecido por um amor baseado no hábito e na razão; mas isso muitas vezes não aparece, especialmente quando a mãe não amou o pai. O amor de um pai pelos filhos é diferente e mais sincero; baseia-se no reconhecimento de seu próprio eu interior na criança e, portanto, é metafísico em sua origem.

Em quase todas as nações, tanto do novo como do velho mundo, e mesmo entre os hotentotes, a propriedade é herdada apenas pelos descendentes do sexo masculino; só na Europa se partiu disso. Que a propriedade que os homens têm com dificuldade adquirida por luta e trabalho árduo e continuada deve depois cair nas mãos de mulheres, que, por falta de razão, ou a esbanja em pouco tempo ou de outra forma a desperdiça, é uma injustiça, pois ótimo, pois é comum e deve ser evitado limitando o direito das mulheres de herdar. Parece-me que seria melhor se as mulheres, viúvas ou filhas, herdassem apenas o dinheiro vitalício garantido por hipoteca, mas não a própria propriedade ou o capital, a menos que não houvesse descendência masculina. São os homens que ganham o dinheiro e não as mulheres, portanto as mulheres não têm justificação para possuí-lo incondicionalmente nem são capazes de administrá-lo. As mulheres nunca devem ter a livre distribuição de riquezas, estritamente assim chamadas, que podem herdar, como capital, casas e propriedades. Eles precisam de um guardião sempre; portanto, eles não devem ter a guarda de seus filhos em quaisquer circunstâncias. A vaidade das mulheres, mesmo que não deva ser maior do que a dos homens, tem esse mal em si, que é dirigida às coisas materiais - isto é, à sua beleza pessoal e então aos enfeites, pompa e ostentação. É por isso que eles estão em seu elemento certo na sociedade. É isso que os torna inclinados a ser o que podem herdar, como capital, casas e propriedades. Eles precisam de um guardião sempre; portanto, eles não devem ter a guarda de seus filhos em quaisquer circunstâncias. A vaidade das mulheres, mesmo que não deva ser maior que a dos homens, tem esse mal em si, que é dirigida às coisas materiais - isto é, à sua beleza pessoal e então aos enfeites, pompa e ostentação. É por isso que eles estão em seu elemento certo na sociedade. É isso que os torna inclinados a ser o que podem herdar, como capital, casas e propriedades. Eles precisam de um guardião sempre; portanto, eles não devem ter a guarda de seus filhos em quaisquer circunstâncias. A vaidade das mulheres, mesmo que não deva ser maior que a dos homens, tem esse mal em si, que é dirigida às coisas materiais - isto é, à sua beleza pessoal e então aos enfeites, pompa e ostentação. É por isso que eles estão em seu elemento certo na sociedade. É isso que os torna inclinados a se basear em sua beleza pessoal e, em seguida, em enfeites, pompa e ostentação. É por isso que eles estão em seu elemento certo na sociedade. É isso que os torna inclinados a se basear em sua beleza pessoal e, em seguida, em enfeites, pompa e ostentação. É por isso que eles estão em seu elemento certo na sociedade. É isso que os torna inclinados a ser extravagantes, especialmente porque possuem pouco poder de raciocínio. Consequentemente, um escritor antigo diz: [Grego: Gunae to synolon esti dapanaeron physei] .10 A vaidade dos homens, por outro lado, é muitas vezes direcionada para vantagens imateriais, como intelecto, aprendizado, coragem e semelhantes. Aristóteles explica na Política11 as grandes desvantagens que os espartanos trouxeram para si mesmos ao conceder muito às suas mulheres, ao permitir-lhes o direito de herança e dote, e uma grande quantidade de liberdade; e como isso contribuiu muito para a queda de Esparta. Não pode ser que a influência das mulheres na França, que tem vindo a aumentar desde a época de Luís XIII, tenha sido a culpada pela corrupção gradual da corte e do governo que levou à primeira Revolução, da qual todos os distúrbios subsequentes foram o resultado? Em todo caso, a falsa posição do sexo feminino, tão visivelmente exposta pela existência da “senhora”, é um defeito fundamental em nossa condição social, e esse defeito, procedente do próprio seio, deve estender sua influência nociva em todas as direções. Essa mulher é, por natureza, destinada a obedecer, é demonstrado pelo fato de que toda mulher colocada na posição não natural de independência absoluta se liga imediatamente a algum tipo de homem, por quem é controlada e governada; isso é porque ela precisa de um mestre. Se ela for jovem, o homem é um amante; se ela for velha, um padre.

9 Permitam-me referir-me ao que disse em meu tratado sobre o fundamento da moral, §71.

10 Poeta grego Gnomici de Brunck v. 115.

11 Bk. I., ch. 9



Voltei, é isso.
Espero que leiam todos os dias, para sabe, e relembrar, quem está do seu lado, quem são as mulheres, e os homens.
Gravem em um lugar, e quando precisarem, leiam, e releiam.
Foi um prazer.
?


MGTOW pecado da sabedoria.

Esteve aqui.

END

...

No final de tudo, não julguem.
Analise e questionem.

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