Quando é "PRESIDENTA", o sistema alivia

Collor e Dilma, quando Presidentes da República, responderam a processo de Impeachment, pois em ambos casos, o Congresso entendeu que eles cometeram crimes de responsabilidade. A pena prevista em lei é de cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos para qualquer cargo político. Collor renunciou na véspera da sentença, pois assim o processo seria extinto e ele teria seus direitos políticos preservados. No entanto, o Senado seguiu o julgamento e o condenou, aplicando a pena de inelegibilidade. Dilma não renunciou, foi sentenciada e condenada, perdendo o cargo. No entanto, a maioria dos senadores fez um acordo com o STF (o julgamento é presidido pelo presidente do STF) para que o Senado votasse separadamente a pena de inelegibilidade, instituto inexistente em qualquer tipo de julgamento, ao qual Lewandowski deu o nome de "destaque" (algo parecido existe em votações de lei pelo legislativo, que nada têm a ver com julgamentos) e assim, puderam votar duas vezes, uma pela cassação e outra para inocentar da pena.